Uma mulher moradora de Ribeirão das Neves (MG) perdeu a guarda da filha após ser acusada de agressão. O motivo da suposta violência – não há confirmações de que a menina realmente sofreu agressões – seria religioso.
A adolescente de 14 anos queria ir para a igreja evangélica, mas a mãe é membro da umbanda e levava sua filha mesmo contra sua vontade.
A perda da guarda aconteceu após um pedido do Ministério Público que recebeu denúncias. O Juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude daquela cidade aceitou o pedido do MP e decretou o recolhimento da adolescente em um abrigo municipal.
A decisão diz que a mãe “violou o direito da filha à liberdade religiosa “(questionando a manifestação da menor por religião/crença distinta da sua), mantendo-se resistente nas abordagens da própria escola e no trabalho do Conselho Tutelar no estudo do caso”.
Entenda
A adolescente tinha vários problemas com convulsões e chegou a passar mal na escola. Buscando uma forma de curar a menina, a mãe procurou uma casa de axé.
Em um dos episódios de convulsão na escola, representantes da instituição de ensino identificaram cicatrizes no corpo da menina e o Conselho Tutelar foi chamado.
A adolescente relatou que participava dos rituais junto com a mãe mesmo contra a sua vontade. Diante disso, o Conselho entendeu que a ela não estava apta a continuar com a guarda da filha.
O boletim de ocorrência cita que a menina teve pequenas incisões no corpo para participar de rituais onde se coloca ervas e outros elementos que simbolizam orixás chamado de “catulagem”.
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