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Domingo, 16 de Fevereiro de 2025

Betim

Medioli pede ajuda à ALMG para equilíbrio na distribuição de vacinas contra a covid-19 e critica falta de transparência

Prefeito foi o convidado da CPI dos Fura-filas da Vacinação nesta quinta-feira, 20.

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Por Jornal O Evangelho
Medioli pede ajuda à ALMG para equilíbrio na distribuição de vacinas contra a covid-19 e critica falta de transparência
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O prefeito de Betim, Vittorio Medioli, discursou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta quinta-feira (20), sobre a ausência de critérios para a distribuição de doses das vacinas contra a covid-19 pelo Governo do Estado aos municípios mineiros. Medioli apresentou números de levantamento realizado pela Prefeitura de Betim, que apurou - a partir de dados coletados nos portais do Estado e das prefeituras - que a cidade tem um déficit de mais de 60 mil doses que deveriam ter sido recebidas para o cumprimento do Plano Nacional de Imunização. O estudo também mostrou déficit semelhante em outros municípios mineiros, bem como revelou cidades que receberam doses a mais. Medioli questionou a falta de transparência nos critérios de distribuição das doses, considerado o número de habitantes e a capacidade/agilidade de imunização que Betim apresenta - com índice maior que o da capital, Belo Horizonte, que o do Estado e que o do país.
O déficit de doses na cidade chamou a atenção da Secretaria Municipal de Saúde na última sexta-feira (14), depois da realização desses estudos e, também, porque o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou, em coletiva de imprensa realizada em abril, que as cidades que mais vacinassem receberiam mais doses. No último levantamento, que apurou dados registrados até terça-feira (18), às 15h, Betim havia recebido a menos 60.979 doses. Já Belo Horizonte e Juiz de fora, por exemplo, registraram, respectivamente, 403.948 e 31.381 doses a mais.
"Cumprimento esta Casa pela iniciativa de tentar entender como funcionam os processos de vacinação aqui em Minas Gerais. Hoje, a principal preocupação de mais de 90% da população, conforme mostram os noticiários, é ser vacinada. É a preocupação pela  preservação da vida, pelo retorno à normalidade - que foi totalmente revirada de março do ano passado até hoje. Apresento aqui números técnicos de uma situação desconfortável e penosa para toda Minas Gerais pela falta de transparência. O Governo do Estado não é transparente, se furta de falar a verdade", pontuou Vittorio Medioli.
O prefeito de Betim fez uma apresentação de todo o levantamento realizado, apontando o desequilíbrio nas distribuições das doses. "Belo Horizonte recebeu mais de 403 mil vacinas a mais entre os dez municípios mais populosos de Minas. Pelos números, percebemos que o desequilíbrio chega a 32%. Nosso setor de estatística focou em cidades de porte semelhante, mas é possível que haja discrepância entre outros municípios também. Tentamos, pelas vias de recondução, a um mínimo de equidade, pois essa distribuição incide diretamente no índice de óbitos. Onde há população vacinada, os óbitos despencam. Diante disso, é preciso polemizar, falar, porque há pessoas morrendo e sofrendo. Está morrendo gente onde não deveria, se houvesse uma distribuição justa", salientou.

"Pobreza também é castigada"
Além das questões de população e da agilidade nas imunizações, ele pontuou ainda que cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e com maior taxa de pobreza, como Ribeirão das Neves - que, por essa razão, apresentam mais dificuldades -, também receberam doses a menos. "Aí a pobreza é castigada. Aqueles que lutam para conquistar o pão de cada dia acabam sendo os mais penalizados", salientou o prefeito, que mencionou, também, que muitos municípios não possuem recursos para garantir sequer a testagem da população e que, por isso, não conseguem contabilizar com transparência os óbitos por covid-19.
"Falta transparência nos critérios e não há equilíbrio na distribuição dos recursos. Diminuir o número de mortes faz Minas Gerais aparecer positivamente no cenário nacional. Não há, por parte da Secretaria de Estado de Saúde, uma cobrança pela transparência dos números - seja por incompetência ou por falta de recursos em alguns municípios. Como é possível fazer enfrentamento com números manipulados? Como enfrentar sem conhecer a realidade e intensidade dessa realidade no Estado?", questionou Medioli.

Erros ignorados
"No Estado, não se reconhece, nem se conserta os erros. Administrar é assumir a responsabilidade e gerar entendimentos, porque, numa guerra como essa, o Brasil necessita de experiência e de união. Não é hora de partido, de fazer política, mas Minas está dividida por interesses eleitoreiros. O próprio secretário de Estado de Saúde furou a fila. Minas tem uma cúpula que ainda está lá e com que equilíbrio exerce seu papel?  O setor de Saúde trabalha com vidas. Ter parcialidade na distribuição de recursos é crime. Isso impacta na mortalidade da população. Isso deixa gente sofrendo, deixa famílias destruídas. Parece que não há sentimento nesse momento", desabafou o prefeito.
"Montaram, na Gameleira, um hospital de campo - que não recebeu ninguém. Foi montado e desmontado. Em Betim, montamos um, com ajuda da iniciativa privada, que funciona até hoje. O Estado se negou a passar um único centavo para nós. Temos 170 leitos de CTI, não precisamos transformar Upas em Cecovids e tivemos sempre retaguarda de leitos. Nunca nos ajudaram. Vejo que não há critérios de compromisso com a verdade. E como se faz administração sem compromisso com a verdade e sem números objetivos? Então, tem que chamar a atenção para isso de forma contundente. Betim quer apenas que se cumpra minimamente o dever de equilíbrio com os municípios", cravou Medioli, que concluiu que espera que a ALMG possa conduzir esse diálogo com o Estado.

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FONTE/CRÉDITOS: SECOM PMB
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