A Prefeitura de Betim decretou, nessa terça-feira (31), a proibição da ocupação da represa Vargem das Flores durante o Carnaval. O decreto nº 43.724 exclui apenas os cidadãos que vivem em área próxima e precisam passar pelo entorno da lagoa para se deslocar. A medida acompanha a recomendação do Ministério Público de Minas Gerais, a pedido da Copasa, que tem como objetivo preservar o reservatório que é utilizado para abastecer 12 municípios da região metropolitana, além de Betim. A proibição vale a partir do dia 18 de fevereiro e segue até a quarta-feira de cinzas, dia 22. A Guarda Municipal e a Defesa Civil vão atuar de forma ostensiva para coibir aglomerações no entorno da represa, além da prática de esportes náuticos e atividades nocivas ao meio ambiente. A ação contribuirá com o trabalho das equipes da Polícia Militar, da Polícia Ambiental, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Marinha do Brasil.
A represa Vargem das Flores foi projetada e construída na década de 1970, com objetivo de armazenar água para tratamento e consumo. A barragem atua ainda como bacia de contenção, amortecendo as águas das chuvas que caem nos córregos que contribuem para o volume da represa. Esse amortecimento evita inundações em vários bairros de Betim.
“Já tivemos cerca de 10 mil banhistas frequentando a orla, por dia, no período de Carnaval. A bacia não foi construída para lazer, uma vez que as vias de acessos e também da orla são vias estreitas e não possuem rede de drenagem. Os bares próximos ao espaço também estão proibidos de funcionar no período. É importante ressaltar que o local não possui rede de coleta de esgoto para tratamento. Diante disso, qualquer aglomeração de pessoas pode provocar degradação na represa, pois a água fica mais poluída e isso dificulta o tratamento para o consumo. As equipes de fiscais e de posturas também estarão presentes no local para garantir que mesmo que passe pelo entorno da lagoa para chegar a seu imóvel não consuma nenhum produto no local”, superintendente municipal de Defesa Civil, Walfrido Lopes.
As vias que dão acesso à represa terão barricadas para evitar transeuntes e fiscalizar veículos que transitarem pelo local. Motoristas que estiverem com veículo ou documentação irregular também sofrerão as penalidades das leis de trânsito.
A Marinha do Brasil também estará presente nas operações para fiscalizar as embarcações que estiverem navegando no espelho d’água. De acordo com a Defesa Civil, a represa não foi projetada para a prática de esportes náuticos e a utilização de embarcações causa degradação e poluição ao meio ambiente, uma vez que os escapamentos emitem fuligem que dificultam o tratamento da água para o consumo humano.
Comentários: