O Projeto de Lei nº 126/2025, de autoria do Vereador Claudinho, que estabelece a criação de bancos de sangue veterinários para animais domésticos em Betim, foi oficialmente sancionado como a Lei nº 7.942, em 13 de outubro de 2025. A publicação foi realizada pelo prefeito Heron Guimarães no Diário Oficial da cidade na última segunda-feira (20).
A proposta recebeu aprovação unânime durante a reunião da Câmara Municipal no dia 16 de setembro. Com a nova lei, órgãos públicos municipais e instituições privadas poderão implementar bancos de sangue veterinários, podendo contar com parcerias com hospitais veterinários, clínicas e outras organizações do setor.
De acordo com Claudinho Fernandes (PSB), a iniciativa é fundamental para atender à crescente demanda por transfusões de sangue em cães, especialmente aqueles em situações críticas, como vítimas de atropelamentos ou portadores de doenças graves. "O projeto assegura que animais necessitados de cuidados possam receber o tratamento adequado, sem depender de custos altos ou da falta de doadores. Nossa meta é garantir um sistema eficiente de doação e armazenamento de sangue animal em Betim", afirmou o vereador.
Embora essa seja a primeira iniciativa do tipo em Betim, já existem bancos de sangue animal em universidades com hospitais veterinários, como a USP em São Paulo, a UFMG em Belo Horizonte, a Unesp em Jaboticabal e a UFPR em Curitiba, além de clínicas particulares.
O funcionamento dos bancos seguirá o modelo dos bancos de sangue humanos, com processos de coleta, armazenamento e distribuição de hemocomponentes para transfusões em animais que necessitam, especialmente em casos de acidentes, cirurgias, anemias severas, intoxicações ou doenças como erliquiose e hemoparasitoses. Cães e gatos serão os principais beneficiados.
A demanda por esse serviço tem crescido significativamente, impulsionada pelo aumento dos atendimentos de emergência e pela maior conscientização sobre a saúde animal. Muitas clínicas veterinárias já utilizam esses bancos para salvar vidas em situações críticas.
Os doadores serão animais saudáveis, vacinados e livres de doenças transmissíveis, que atenderão a critérios de idade e peso. Em breve, os tutores poderão cadastrar seus pets como doadores voluntários.
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