Um empresário de Betim registrou um prejuízo de cerca de R$400 mil após a transferência não autorizada de um caminhão. O veículo, que foi adquirido zero quilômetro por uma empresa do setor de peças industriais, agora está registrado em nome de um homem de Firmino Alves, na Bahia.
A polícia investiga o caso, enquanto as vítimas expressam preocupação com possíveis consequências legais decorrentes do uso fraudulento do caminhão por terceiros. De acordo com Delaine Martins, contadora da empresa, ela recebeu dois e-mails suspeitos: o primeiro anunciando a intenção de venda e, apenas três minutos depois, um segundo e-mail confirmando a conclusão da transferência. A contadora afirma que o veículo nunca esteve à venda e que o documento foi alterado no sistema da Secretaria Nacional de Trânsito, sem a devida assinatura e reconhecimento de firma em cartório, além de não ter passado pela vistoria do Detran.
Os representantes da empresa já formalizaram um Boletim de Ocorrência, relatando que a transferência foi uma fraude e que não houve autorização para qualquer transação de venda. O empresário suspeita que o veículo possa ter sido clonado ou que o documento tenha sido utilizado como garantia para obter financiamento em um banco.
Segundo o delegado Felype Utsch, a polícia acredita que esse tipo de fraude é facilitado pela fragilidade do sistema de trânsito, tanto estadual quanto federal. As autoridades já tomaram medidas como o bloqueio e o cancelamento da transferência. As investigações buscam identificar a possível participação de servidores públicos e as pessoas envolvidas na transferência do caminhão. O veículo, por sua vez, permanece na posse do proprietário.
O Ministério dos Transportes informou que casos dessa natureza são de competência do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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